Raquelle Le Grand é uma canadense estudante de Trabalho Social na Holanda. A estudante estava interessada em conhecer mais sobre a cultura brasileira, o idioma local e o sistema de trabalho social do país. Ela participou do nosso programa de voluntariado no Rio de Janeiro e ajudou dois projetos diferentes.
Agora que ela terminou sua experiência aqui no Brasil, nós a entrevistamos para saber mais sobre o tempo que ela passou no Rio. Confira:
Por que você decidiu vir para o Brasil para um programa de voluntariado?
Há 6 anos atrás eu comecei a fazer faculdade em Amsterdã e eu senti um chamado para ir para o Brasil, mas acabou sendo muito caro para mim na época e decidi adiar a minha viagem. Quando descobri que eu ficaria sem trabalhar por 6 meses, eu procurei um programa no Brasil que fosse relacionamento com o meu histórico de trabalho social. Meu objetivo com isso era seguir ao “chamado” que senti e assim aprender mais sobre a cultura brasileira, o idioma e o sistema de trabalho social.
Quais foram os principais desafios que você enfrentou?
O meu maior desafio foram os horários de ônibus que eram muito confusos. Felizmente, a comunidade do Rio de Janeiro sempre esteve lá para me ajudar com isso -apesar da barreira do idioma.
Como é o seu relacionamento com a sua família anfitriã/colegas de trabalho?
Como eu vivi no Brasil por seis meses, eu acabei morando com duas famílias. Meu relacionamento com ambas foi maravilhoso.
Como você avalia o suporte dado pela Brazilian Experience?
O suporte que me foi dado durante toda a viagem foi excelente.
Pode nos contar um pouco sobre as atividades que você realizava no seu projeto?
Eu trabalhei na Obra do Berço nos primeiros 3 meses. Lá eu fiquei com o grupo das crianças mais novas e as minhas atividades eram brincar e alimentar os pequenos.
O segundo projeto que eu trabalhei foi na escola “Solar”. Lá eu também era responsável pelas crianças mais novas e eles precisavam muito mais da minha ajuda. Ainda que as minhas atividades envolvessem brincar e alimentar os pequenos, como eles eram mais novos, eles demandavam mais atenção.
O que você aprendeu com essa experiência?
Essa experiência me proporcionou muitas coisas. A primeira delas foi o meu aprendizado da língua portuguesa. Isso me ajudará no meu trabalho na Holanda, já que eu trabalho com mulheres estrangeiras -além de ter me ajudado durante o tempo que morei no Brasil. Outra coisa é que agora eu entendo como o Sistema Social funciona no país e eu posso comparar com os sistemas da Holanda e do Canadá.
Quais mudanças você notou em si mesma?
No final dessa experiência eu percebi que certas coisas que eu tenho/faço na Holanda são luxos que eu não necessariamente preciso para viver. O Rio me fez perceber o que eu realmente quero fazer da minha vida, que no caso é ajudar os outros. Isso me motiva a continuar a aprender mais português a ponto de que um dia eu poderei compartilhar meu conhecimento no Rio e fazer parte de um programa de trabalho social. Ademais, eu me tornei bastante independente.
O que você mais gostou no projeto?
Eu adorei perceber que a minha ajuda era necessária no projeto.
Você voltaria para o Brasil? O que te motivaria a voltar?
Eu definitivamente estou planejando voltar para o Brasil. Além do fato do Rio ser abençoado com praias maravilhosas, festas divertidas e boas temperaturas, eu adoraria voltar para saber mais sobre programas sociais. Eu estou bastante motivada para aprender português fluentemente.
Uma palavra ou frase em português para resumir seu intercâmbio:
“Fique tranquila querida, tudo vai ficar bem”. 🙂