Castro é a terceira cidade mais antiga do estado do Paraná. A cidade foi fundada em 1778. Castro fazia parte do caminho dos tropeiros, o grupo de homens que subiam de Viamão, no Rio Grande do Sul, indo para Sorocaba, em São Paulo, fazendo o transporte de gado. Existem diferentes atrações culturais em Castro, como a Igreja de Sant’Ana, o Museu do Tropeiro e da Colônia Castrolanda.
Igreja de Sant’Ana
A capela original foi construída por escravos em 1704, em honra de Santa Ana. Passou por várias outras reformas, e em 1876 foi totalmente concluída, tendo o seu aspecto atual. Um ano depois, uma das torres foi construída e a segunda, somente anos mais tarde, entre 1945 e 1960, sendo concluída por Domiciano de Oliveira, que depois de um erro no planejamento, a fez diferente da primeira. Esta característica é agora considerada um marco na história da cidade.
Museu Tropeiro
A casa onde o museu está localizado foi construída no século XVIII pela família Carneiro Lobo. Sua coleção inclui cerca de 400 peças. Além de retratar a vida tropeiro, apresenta documentos e objetos históricos, bem como peças sagrados, e outros tipos de artesanato.
A coleção inclui roupas típicas e artes, bem como várias ferramentas utilizadas por este grupo que explorou o interior do Brasil e fundou diversas cidades, incluindo Castro. O Museu foi inaugurado em 1977, e foi projetado por Judith Carneiro de Mello, com o apoio do então prefeito de Castro, Lauro Lopes. O edifício onde o museu está localizado foi uma das primeiras casas da cidade. Seu estilo arquitetônico é muito tradicional e o edifício está listado como patrimônio histórico.
Colônia Castrolanda
Castrolanda é uma colônia, que foi fundada por imigrantes Holandeses entre 1951 e 1954. Sua economia é baseada na produção agrícola e pecuária leiteira, que é uma das mais importantes atividades da região, que é considerada uma das melhores produtores de laticínios no Brasil, devido à sua qualidade genética. Tem também uma produção considerável de soja e, principalmente, feijão.
Em 1991, para perpetuar as tradições e reviver a história, a comunidade holandesa de Castrolanda, decidiu criar um Museu do Imigrante, uma réplica das primeiras residências construídas na área. Também exibida móveis e objetos doados por famílias de Castrolanda para mostrar este pedaço do Paraná Holandês.
Anos mais tarde, em 30 de novembro de 2001, por ocasião do quinquagésimo aniversário da Colônia Castrolanda, o memorial da imigração holandesa, popularmente chamado de “O Moinho”, foi criado. Em seguida, ele se tornou o principal símbolo da Colônia. É considerado um dos maiores moinhos de vento do mundo: De Immigrant (O Imigrante) é um grande monumento de 26 metros de largura, tem duas mós capazes de produzir até 3.000 kg de farinha de trigo.
Conta com uma arquitetura interna curiosa, toda a madeira e sem pregos. Tem 37 metros de altura (a partir do solo até a ponta da asa vertical). Os visitantes podem subir quatro andares, e aprender tudo sobre a história da imigração holandesa. Todos os mecanismos, engrenagens, pinos e acessórios do moinho de vento são feitas quase que inteiramente de madeira. O projeto é assinado e executado pelo holandês Jan Heijdra, um especialista em moinhos de vento, como uma homenagem aos imigrantes holandeses da década de 50 que colonizaram a região. Além da fábrica, o prédio abriga um centro de eventos, um museu, um restaurante, uma biblioteca e uma loja de artesanato. Está aberto de sexta a domingo e feriados, das 14h às 18h. Para grupos, agende pelo telefone (42) 3234-1231.