O americano Ethan Reik é um professor de Educação Especial que decidiu participar do nosso programa de voluntariado aqui no Brasil. Ele ajudou a organização sem fins lucrativos Solar Meninos de Luz, que promove educação integral, cultura, esportes, apoio à profissionalização, cuidados básicos de saúde e de assistência social às famílias carentes.

Agora que ele terminou seu intercâmbio, nós o entrevistamos para saber mais sobre essa experiência. Confira:

Be: Por que você escolheu vir para o Brasil?

Eu escolhi vir para o Brasil para um programa de voluntariado por algumas razões. Quando eu estava na faculdade estudando Ciências Políticas, eu tive algumas aulas que tratavam de questões políticas e históricas do Brasil. Eu fiquei fascinado com os aspectos culturais do país e, desde então, eu quis visitar o Brasil. Como professor, eu imaginei que seria uma ótima ideia conhecer o país ao mesmo tempo em que faço voluntariado para a comunidade. Por meio desse programa, eu consegui essa oportunidade e não perdi tempo.

Be: Você pode nos contar um pouco sobre o seu relacionamento com sua família anfitriã e colegas de trabalho?

Meu relacionamento com a minha família anfitriã foi o melhor possível. Em menos de duas semanas desde a minha chegada, eu já me senti parte da família. A casa deles virou a minha casa. No final da minha experiência, eu não queria ir embora. A minha família anfitriã foi muito acolhedora, curiosa, amigável e inteligente. Minha experiência com eles foi muito melhor do que eu imaginada, e eu continuarei em contato com eles daqui em diante.

Meu relacionamento com meus colegas de trabalho foi fenomenal. Eles foram extremamente amigável e abertos ao receberem um estrangeiro na equipe, que veio para observar e participar com os seus estudantes. Eu amei trabalhar com os estudantes e interagir com os professores das escolas que trabalhei. Eles me deram uns insights muito bons sobre o sistema de ensino brasileiro. Eles também me forneceram amplas oportunidades de interagir com os estudantes e compartilhar um pouco da minha cultura.

Be: Qual é a sua opinião sobre o suporte da Brazilian Experience?

A Brazilian Experience me deu todo o suporte que precisei. A Renata Lampert, que é a coordenadora local do Rio, foi extremamente cortês, me ajudou bastante e possui muito conhecimento sobre as coisas que eu precisava saber. Ela me fez sentir bem-vindo logo que cheguei. Sempre que eu precisava de alguma coisa ou tinha alguma pergunta, a Renata estava lá, disponível para me ajudar e garantir que eu estava em boas mãos.

Be: Do que você mais gostou no seu voluntariado?

O que eu mais gostei no projeto, é que, por mais que fosse a minha primeira vez no Brasil e eu não falava nada de português, eu fui recebido de braços abertos na escolas, pela administração e pelas pessoas que eu interagi em geral. No fim, eu realmente me senti parte do Brasil, senti que eu pertencia ao país.

Be: Você notou diferenças em você no fim dessa experiência?

Eu poderia passar horas falando sobre as mudanças que eu percebi em mim mesmo no fim dessa experiência. No entanto, a mais proveniente, eu diria que foi o fato de que eu me abri para novas experiências, ideias e perspectivas. Eu pude ver como é o dia-a-dia no Rio de Janeiro e como isso se difere para diferentes pessoas.

Be: Você recomendaria essa experiência?

Sem dúvidas, eu recomendaria essa experiência para todos que estão abertos a novas ideias e perspectivas. Essa foi a melhor experiência da minha vida; eu estou mais rico e mais holístico após essa oportunidade.

Be: Pode resumir sua experiência em uma palavra?

Uma palavra em português que descreve a minha experiência quando eu começo a lembrar do Rio é a palavra “saudade”. Não existe uma palavra em inglês que possa traduzir isso exatamente, mas em geral é o sentimento de sentir falta de algo.