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Ella Lukkari promove mudanças na CEJUSC PG
23-09-2019

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Aprender. Essa é a palavra que nos segue pela vida toda. Desde pequenos, quando ainda estamos aprendendo a falar, até quando já quado se chega à idade da aposentadoria. É nessa relação constante de aprendizado que a Brazilian Experience acredita na vinda de estagiários estrangeiros para mostrarem uma visão diferenciada de mundo e repleta de novas possibilidades.

 

 

Aluna de ciências sociais e psicologia social na Universidade Oriental da Finlândia, Ella Lukkari veio ao Brasil através da BE para um estágio profissional na CEJUSC de Ponta Grossa. Uma das atividades desenvolvidas pela aluna da ONG Riku foi uma palestra sobre os métodos utilizados na Finlândia no apoio às vítimas em aspectos psicológicos, médicos, legais e sociais que envolverem o caso de violência ocorrido. Membros da Defensoria Pública do Paraná de Ponta Grossa compareceram ao evento.

 

O resultado da conferência foi que o modelo europeu, com estratégias de informação à vítima durante todo o processo penal, será implantado na CEJUSC de Ponta Grossa com o nome de “Eu com verso”. Essa nova linha de ação considera que apoio legal, financeiro e psicológico é fundamental para a superação do ocorrido.

 

Ella Lukkari

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Ella Lukkari chegou ao Brasil no início de dezembro de 2018e ficou até o fim de maio de 2019. Seu maior interesse ao vir ao Brasil era identificar as semelhanças e diferenças nos sistemas de apoio social brasileiro e finlandês. Ao chegar no país, já tinha trabalhado com apoio de vítimas de crime por quase 4 anos.

 

 

Meses depois de retornar a Finlândia, ela conversou com a equipe da BE sobre a experiência e quais as suas impressões depois de voltar para casa.

 

 

 

Brazilian Experience (BE): Como você sente que seu estágio no Brasil alterou sua visão de mundo?

Ella Lukkari: Eu me apaixonei pelo Brasil, a cultura, o povo, a natureza, tudo! Foi a minha primeira viagem à América do Sul e eu definitivamente vou voltar! Essa experiência expandiu minha visão de mundo e me tornou muito mais curiosa por quase todos os continentes desconhecidos.

O Brasil e a sociedade são muito diferentes. Os problemas são muito maiores que na Finlândia. Essa experiência me fez mais dedicada a trabakhar com temas como a pobreza e desigualdade.

BE: Que diferenças você percebeu entre o ambiente de trabalho brasileiro e o finlandês?

Ella: O ambiente de trabalho no Brasil é mais flexível e maleável. As pessoas no Brasil são as mais simpáticas e amigáveis  que conheci, por isso o ambiente de trabalho se torna mais gostoso, claro! Elasl dão valor aos esforços dos outros e os colegas de trabalho são bastante generosos.

Na minha opinião, a Finlândia é mais reservada e conservadora em relação à novas experiências, especialmente quando o assunto é relacionado ao trabalho social. No Brasil eu me senti mais confiante em expor minhas idéias e pensamentos. Também gostei em como os brasileiros usam muitas metáforas e criatividade de um jeito único. Esse tipo de abordagem é uma coisa que eu gostaria de levar para a Finlândia também.

 

BE: Aqui você apresentou os métodos usados na Finlândia e durante sua avaliação final você mencionou as diferentes abordagens usadas no Brasil, você poderia falar um pouco mais sobre elas e como você foi influenciada pela “mistura” das duas?

Ella: Existem alguns métodos diferentes usados na justiça restaurativa da Finlândia e do Brasil e  eu aprendi muito sobre um método chamado “círculo”. No Brasil também é usada muita mediação e justiça restaurativa para diferentes situações enquanto na Finlândia usamos somente para certos tipos de crimes e conflitos.

Eu também percebi muitas diferenças culturais enquanto trabalhava com as pessoas. Por exemplo, na Finlândia não é muito comum falar sobre temas como religião mas no Brasil é um tema comum e as pessoas se apegam à religião para enfrentar momentos difíceis (como por exemplo, a morte de um ente querido).

 

BE: Você mencionou que não tinha certeza do que faria quando voltasse para a Finlândia e mencionou fazer outros cursos após seu Mestrado. Esatamos curiosos, você continua com a mesma idéia?

Ella: Sim, vou estudar mais sobre criminologia! Após meu estágio eu fiquei muito curiosa sobre a justiça restaurativa e espero me tornar uma mediadora em algum momento da minha vida.

 

BE: Qual a parte de sua experiência que você é mais grata?

Ella: Eu sou muito grata pelas minhas colegas de trabalho Glaucia e Paloma, porque elas foram pessoas que me apoiaram, foram profissionais e entusiastas e  me ajudaram com tudo que precisei. Eu me tornei uma boa amiga para elas e ainda mantemos contato, a Paloma até me convidou para seu casamento que acontecerá em 2020; com certeza irei.

Eu também sou grata pelo cargo que consegui em meu estágio, porque foi muito interessante e eu tive a oportunidade de participar das reuniões com os clientes e falar com muitas pessoas sobre seus  diferentes problemas, e de alguma forma tentar ajudá-las.

Também sou muito grata pelo projeto que criei com a Glaucia sobre vítimas de crime (Eu com Verso) que ainda existe e está fluindo e por continuar trabalhando com ela e poder trocar ideias, materiais e pensamentos sobre esse tema.



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